“Oi, tudo bem?” [Teatro Adulto] | por Douglas Ricci [@blogaus] 
“Oi, tudo bem?” [Teatro Adulto] | por Douglas Ricci [@blogaus] 

“Oi, tudo bem?” [Teatro Adulto] | por Douglas Ricci [@blogaus] 

Duas atrizes entram em cena com roupas típicas de trabalhadores do ramo de serviços em alguma cidade deste país. Uma calça social preta, um tailleur preto, uma blusinha preta. Ah, e um sorriso no rosto. Oi, tudo bem? Oi, tudo bem e você tudo bem? Ninguém realmente quer saber a resposta se está tudo bem de verdade, e as atrizes partem deste princípio temático para desfiar sua crítica a esse mundo que nos estafa com uma absurda escala de trabalho 6×1.

O tema é bom e urgente, diria até que certeiro para essa semana em que este assunto está na pauta como nenhum outro, e a peça apresenta algumas imagens interessantes sobre o assunto, como quando as atrizes começam a jogar dezenas de certificados de cursos aleatórios pelo espaço cênico (e realmente eram verdadeiros, pude conferir um que caiu perto de mim e que datava de 2001), neste momento uma delas diz: esses papéis não servem para nada, apenas para construir o cenário deste teatro. Achei tão poético!

Outra imagem que gosto do espetáculo é quando as duas entram em uma estrutura, que já está em cena desde o começo e que elas a significam como uma prisão e também como uma roda de hamster, ao mesmo tempo em que reforçam o tema do trabalho sem fim, da correria para lugar nenhum.

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