Duas crianças resolvem ir até o cemitério da cidade em uma noite específica para fazer uma magia que deve libertar um certo lobisomem que sobrevive em lendas narrativas do pequeno vilarejo. Ao fazer a tal magia, acabam libertando um batalhão de zumbis que passam a persegui-los, capturando-os e os levando para um tribunal de fantasmas. Diversas lendas do passado desse vilarejo então passam a ser apresentadas na cena.
O espetáculo, que acredito ser infanto-juvenil, tem um tipo de narrativa dramatúrgica que envereda para uma espécie de batalha entre o bem e o mal, sendo o bem as duas crianças que são cristãs e entram em uma igreja e recebem ajuda de uma freira, um santo e uma nossa senhora, e o mal sendo a legião de mortos vivos, que também são lendas de terror dessa cidade.
Este tipo de dramaturgia, que parece querer forçar o público a tomar partido do lado do bem, me soa um tanto quanto preguiçosa, sem de fato debater um tema problematizando-o, transformando assim todo o esforço empreendido na montagem em nada, uma vez que a peça não tem um porquê temático claro. Mas essa é só a minha opinião.