“Seu Manuel” [DramaMix] | por Douglas Ricci [@blogaus]   
“Seu Manuel” [DramaMix] | por Douglas Ricci [@blogaus]   

“Seu Manuel” [DramaMix] | por Douglas Ricci [@blogaus]   

O texto Seu Manuel de José Roberto Sadek, apresentado dentro da programação do DramaMix do Festival Satyrianas nos traz a história desse Seu Manuel através das personagens que circundam ele, sua filha, seu neto e sua companheira. Me chama muita atenção essa estratégia dramatúrgica, gosto dessas histórias que vão se fazendo de forma tangencial através de outros conflitos que a circundam.

O texto começa apresentando, como uma espécie de prólogo, o neto de Seu Manuel sendo pego roubando vitaminas em uma farmácia. Depois temos a informação através da mãe do menino, filha de Seu Manuel,  que ele não é exatamente um trombadinha, mas sim um filho que tenta fugir dos pais. Então vemos o menino falando com alguém ao telefone, ele conta que foi pego e pede a atenção dessa pessoa que se recusa a encontrá-lo.

Então temos o grande embate da narrativa, o momento em que a filha de Seu Manuel vai até a casa em que ele está morando em um bairro pobre da cidade, e encontra Elza, uma mulher negra e de origem humilde que é companheira de seu pai há muitos anos. Aqui nos é dado as informações centrais da trama. O fato de Seu Manuel ser um homem que vem de uma classe social alta, de que este deixou o luxuoso apartamento em que morava para viver em uma vila humilde da cidade, bem como a informação de que o neto mora com ele e também de que a filha não aceita a relação do pai com Elza.

O texto apresenta uma maneira interessante de abordar assuntos como diferenças sociais, injustiças e racismo. A atuação dos atores na leitura, especialmente a atriz que joga o personagem Elza, dão uma coloração envolvente para a história. 

No entanto, fiquei curioso para saber o que aconteceu com o neto, uma vez que a história começa com ele, há essa misteriosa ligação telefônica que ele faz e então ele desaparece da trama e a narrativa foca no embate entre Elza e a filha de Seu Manuel. Vem aí?

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