A Satyrianas completa 25 anos nesta edição e é curioso ver como o projeto mudou com o passar dos anos e se adaptou, por assim dizer as demandas. Se ele se ampliou em quantidade e linguagens, perdeu o desafio que proporcionava aos corajosos varar a madrugada maratonando teatro. O evento abriu margem para muitos artistas, o que faz com que essa “feira” cultural oferte infindáveis opções e desafie o público a encontrar trabalho de boa qualidade, ou “acabados”, por exemplo.
Dentro da programação do DançaMix, Allany Leone apresenta o pocket show de dança flamenca, intitulado “Clandestina”. Com curta duração (20 minutos) o trabalho faz uma breve passagem por essa manifestação artística de origem judaica/árabe que dialoga com Tangos e Fandangos – por exemplo. A coreografia com cerca de cinco músicas pareceu sumir na tenda armada tendo como fundo a base da Polícia Militar. Mesmo sem uma dramaturgia a contento, Allany – impecável em seu figurino e maquiagem – atraiu a atenção dos passantes para a honestidade de sua dança.
Essa Caixa de Pandora, chamada “Satyrianas” tem desses momentos. Nunca se sabe quando se poderá acompanhar uma epifania, como a que Allay apresentou.