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Interpretada por um trio de mulheres de diferentes gerações, a peça explora o ser “mulher” hetero, cis e branca em uma sociedade patriarcal, destacando as opressões vividas principalmente no âmbito doméstico e nos relacionamentos. O texto é poderoso, expondo a perpetuação de padrões que mantêm essa figura social como propriedade domesticada, sobrecarregada e violentada ao longo das décadas.
As cenas são cuidadosamente construídas, enquanto o cenário, inicialmente sutil, ganha força ao transformar objetos cênicos em imagens que enriquecem a narrativa. Beliza Trindade, Juliana Aguiar e Lilian Menezes dão vida às realidades das décadas de 1940, 1980 e dos dias atuais, envolvendo o público na incômoda percepção de que, apesar da passagem do tempo, a opressão persiste de forma inquietantemente atual.