Com um texto sombrio e alucinado, este monólogo mergulha a personagem em um diálogo visceral com o som de seu espelho, desnudando o descontrole dos pensamentos que ecoam na solidão. A inquieta, e talvez inconsciente, busca por um contato conduz a atriz Jacqueline Lince a uma performance intensa, onde a lânguida loucura e o vazio existencial clamam por socorro em meio às alucinações sonoras.
Nesse contexto, a trilha sonora se destaca como o fio condutor da peça. Criada remotamente pelo compositor Alexandre Gnipper, ela não apenas eleva a experiência sensorial, mas também consolida a atmosfera onírica e inquietante. Complementando isso, o jogo de luzes e a maquiagem transformam o palco em um espaço de imagens impactantes. Uma obra visceral, profundamente conectada à experiência de quem já enfrentou os labirintos da mente.