SÁBADO – 16 DE NOVEMBRO
19h – Olhar Agúdo – Quais as marcas que existem além das cicatrizes? Um jovem com deficiência entra em um embate direto com as suas emoções e tenta compreender o porque das suas angústias. Duração: 40 min. Ficha Técnica: Direção: Luciana Birindelli. Dramaturgia: Beatriz Amaro e Tato Amorim. Elenco: Beatriz Amaro e Tato Amorim. Cenografia: Beatriz Amaro, Luciana Birindelli e Tato Amorim. Figurino: Luciana Birindelli. Onde: SP Escola de Teatro – Sala Vange Leonel (R4). Teatro Adulto. Satyribilidade. Classificação: 14 anos.
DOMINGO – 17 DE NOVEMBRO
14h – QUE XOU DA XUXA É ESSE? – Trata-se de um ato poético chapliniano em que através das memórias do artista Gustavo Parreira revisitamos sua infância onde sua mãe, mesmo sem condições materiais, lhe dava todos os discos e brinquedos da Xuxa ao mesmo tempo que o defendia de uma família e sociedade que temiam que além da deficiência física o pequeno pudesse vir a se tornar gay. Hoje consciente de seu corpo, potencialidade, limitação, sexualidade e desejo, Gustavo usa este ato teatral para se reencontrar com sua falecida mãe em cena e lhe agradecer por todos os sacrifícios. Direção: Marco Antônio Braz. Dramaturgia: Marco Antônio Braz e Gustavo Parreira. Direção de arte: criação coletiva. Fotografia: Jamil Kubruk. Atores: Gustavo Parreira e Gezi Rios. Tempo de duração: 45 minutos. Onde: SP Escola de Teatro – Sala Vange Leonel (R4). Teatro Adulto. Satyribilidade. Classificação: 14 anos.
17h – STRONGER A mais forte De Ricardo Leitte – Inspirado na obra de August Strindberg. A inclusão de pessoas com deficiência, doenças raras, invisíveis e a diversidade em sua mais ampla apresentação no cenário da sociedade atual é mais que importante, torna-se necessário. É justamente essa necessidade que fez com que o autor e diretor Ricardo Leitte se debruçasse sobre o texto contundente de Strindberg para dar espaço às pessoas com deficiências e doenças invisíveis, juntamente com a atriz e produtora Dani Guedes, que em 2018 se tornou uma pessoa com deficiência física. ´´Stronger´´ protagonizada por Dani Guedes e Sarah Lopes, onde 2 mulheres medem forças que vão além dos segredos e angústias. Em pouco mais de uma hora, faz-se aparente todo esse discurso relevante, onde a força e a fragilidade parecem ocupar um ringue de luta. Com cenário elegante e sóbrio: uma chaise longue, um tapete, um manequim, biombos e caixas espalhadas, elas lidam com a falta de ar e de conforto que o ambiente oferece. Nessa versão adaptada, uma das personagens carrega, além dos dramas psicológicos, a própria deficiência em si física, cognitiva e sensorial. Para isso, a atriz Dani Guedes resolveu expor seus dramas reais, provando que a doença ou a deficiência não impedem que sonhos sejam realizados, e em busca de um trabalho que possa mostrar, questionar e acima de tudo dar esperanças à pessoas que passam por desafios como esses. Não há nada mais forte e assertivo que Stronger – A Mais Forte. Nunca STRINDBERG foi tão necessário e inclusivo. O espetáculo sempre é seguido de uma roda de conversa e vivência com médicos, dirigentes de ONGs e pacientes que tornam a experiência de troca com o outro, efetiva é um local seguro de compartilhamento de experiências e histórias. SOBRE DANI GUEDES Após colocar 24 pinos na coluna e perder a mobilidade torácica, descobriu em 2020 um tumor raro que a fez perder a hipófise (conhecida como a mãe do corpo humano) a glândula que fabrica todos os hormônios do corpo. Com essa perda a atriz desenvolveu diversas comorbidades raras, cognitivas, físicas e sensoriais, entrando para um grupo de mulheres que lutam para conquistar uma vida mais próxima da normalidade possível, aprendendo a viver com o abandono de seus parceiros, a solidão e a falta de informação até mesmo de profissionais da saúde. A maior parte das mulheres que são acometidas ou tem filhos com doenças raras são abandonadas pelos parceiros e jamais conseguem retornar ao mercado de trabalho, tem suas vidas destruídas pela falta de inclusão e conhecimento. Sabemos porém que a arte salva, e essas mulheres precisam dela para terem suas vidas dignas. “Eu poderia fazer teatro mesmo que todo meu corpo não reagisse mais, apenas com o piscar dos meus olhos” – Dani Guedes Justificativa Levar informação sobre o desconhecido, provocar a procura de medicina preventiva e diagnostico precoce akém de entreter e incluir através da arte. Duração: 70min + Roda de 30min. Ficha Técnica: Atriz e Idealizadora: Dani Guedes; Direção Geral: Ricardo Leitte; Atriz: Sarah Lopes; Produtor Executivo: Jorge William; Produtor Associado: Gustavo Sena; Design de Luz: Fernando Pereira. Onde: SP Escola de Teatro – Sala Alberto Guzik (R1). Teatro Adulto.